quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire (1799-1853)

Parque Natural Municipal Saint-Hilaire


O Parque Natural Municipal Saint-Hilaire é um parque e uma reserva natural de preservação permanente situada entre os municípios de Porto Alegre e Viamão, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
Histórico

Augustin de Saint-Hilaire (1799-1853)
O Parque Saint-Hilaire foi inaugurado em 29 de novembro de 1947 como um jardim botânico municipal. Seu nome homenageia o conhecido naturalista e viajante francês Augustin de Saint-Hilaire, que deixou um vivo relato sobre aspectos sociais e naturais do Rio Grande do Sul em seu livro Viagem ao Rio Grande do Sul, de 1820.
Em 16 de setembro de 2003, foi enquadrado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) através do Decreto nº 14.289.[3] , ganhando seu nome atual. Sua área total é de 1.148,62 hectares, dos quais 240 tem função de lazer, com área de churrasqueiras e de canchas esportivas, e o restante é de preservação permanente.
Cerca de 89% do parque se localiza no município de Viamão e 11% no de Porto Alegre, sendo desde 1976 administrado por este último através de sua Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM). A entrada do parque está no município de Viamão, na avenida Senador Salgado Filho, bairro Vera Cruz, distrito de Passo do Sabão.
Esta categoria na qual o parque está enquadrado, devido ao decreto nº 14.289, tem os seguintes objetivos:
  • I - proteção e preservação dos ecossistemas e da diversidade biológica;
  • II - obtenção de conhecimentos científicos básicos e incentivos à pesquisa;
  • III - integração da Unidade de Conservação (U.C.) com o entorno;
  • IV - educação sócio-ambiental continuada;
  • V - operacionalização da Unidade de Conservação;
  • VI - revisão periódica do Plano de Manejo.[5]
A sua importância para o meio ambiente reside no fato de ser um núcleo da Mata Atlântica em região urbana. Sua flora original foi alterada antes da sua regulamentação com o plantio de mais de 450 mil exemplares de espécies exóticas, principalmente Pinus e Eucalyptus, e com a construção de uma represa para regularização do arroio Dilúvio, que criou vários banhados na área, os quais, entretanto, servem hoje como pontos de nidificação de várias espécies nativas. Avalia-se que no parque vivam cerca de 161 espécies, algumas delas ameaçadas de extinção como a canela preta (Ocotea catharinensis), corticeira da serra (Erythrina falccata) e figueiras do gênero Ficus: Ficus enormis, Ficus insipida e Ficus organensis.[4] Os ambientes existentes no parque são diversos: campos, áreas de florestas, butiazais e banhados.[4] 78% da vida silvestre de Porto Alegre se encontra no parque totalizando 131 espécies, 24 das quais existe somente ali, por exemplo, o Cisqueiro (Clibanornis dendrocolaptoides), espécie ameaçada de extinção.[4] A água represada também é captada para o abastecimento dos habitantes do entorno tanto de Porto Alegre como de Viamão servindo de alternativa ao rio Guaiba.[6]
Viveiro Municipal
O Viveiro Municipal ocupa uma área de 200 hectares do parque e desenvolve atividades de produção e pesquisa de espécies nativas próprias para a arborização da cidade em suas ruas, parques e praças, possuindo 217 espécies de árvores nativas e 164 arbustos. A área de produção de mudas ocupa 57 hectares.[7] A importância deste trabalho reside na necessidade de preservar as espécies nativas que, por sua vez, dão sustentabilidade para a fauna nativa, proporcionando alimento e abrigo para as mesmas. A arborização também tem efeito sobre o clima e a poluição, no primeiro caso melhorando as condições e, no segundo, diminuindo os efeitos.