segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Gestão ambiental deve ser prioridade

PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Gestão ambiental deve ser prioridade

Sensibilizar os gestores públicos para as questões ambientais está entre os objetivos da Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P, que foi lançada nesta quinta-feira (20)

Beatriz Scariot

(Redação Passo Fundo / DM)

21.10.2011

Editora do Blitz - bia@diariodamanha.net

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizou nesta quinta-feira (20) o lançamento da Agenda Ambiental na Administração Pública, conhecida como A3P. O projeto criado em 1999 pelo Ministério do Meio Ambiente tem como objetivo inserir ações e atividades voltadas ao meio ambiente e a sustentabilidade dentro dos órgãos públicos dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

A proposta que surgiu ainda durante a Rio 92, faz parte da Agenda 21 e serve como estímulo para que os órgãos públicos, como é o caso da Prefeitura Municipal, incorporem princípios e critérios de gestão ambiental nas atividades administrativas, com intuito de sensibilizar os servidores para as questões ambientais.

Tendo em vista a questão ambiental como uma prioridade, o município de Passo Fundo aderiu a A3P em julho de 2010, sendo pioneiro no Estado a fazer parte do programa, como explicou o secretário de Meio Ambiente, Clóvis Alves: “Passo Fundo foi o primeiro município gaúcho e único até hoje a ter esse convênio com o Ministério de Meio Ambiente. Hoje fazem parte desse projeto cerca de 350 órgãos públicos no Brasil. Podemos dizer que a adesão ainda é muito fraca, mas mesmo assim, com esses órgãos que já fazem parte, é possível socializar ações e iniciativas que são implantadas dentro das administrações, e discutidas entre todos”, argumentou.

Para que as ações começassem a ser realizadas foi criada uma comissão especial com representantes de todas as secretarias da Prefeitura, com intuito de promover o uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos, como o manejo adequado e a diminuição do volume de resíduos gerados, ações de licitação sustentável/compras verdes e também o processo de formação continuada dos servidores públicos.

Algumas ações já começaram a sair do papel, como é o caso da confecção de copos retornáveis e reciclagem de materiais. Além da Secretaria de Meio Ambiente, a Secretaria de Saúde tem se destacado no envolvimento com as ações da A3P, ajudando a pensar atividades voltadas as questões ambientais e de qualidade de vida.

“Entre as ações que estamos realizando podemos destacar também a ginástica laboral. Com o apoio do Curso e Educação Física e Fisioterapia, queremos fazer atividades voltadas para a saúde do servidor público, como a ginástica laboral dentro dos setores, onde melhora não apenas a saúde, mas o próprio ambiente de trabalho”, ressaltou o secretário Clóvis Alves.

Presente no lançamento da A3P o prefeito Airton Dipp falou também sobre a importância da questão ambiental na gestão municipal, citando a iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente como exemplar: “Se queremos ter um país onde o meio ambiente seja prioridade, que tenha políticas públicas que possam atender os anseios da população, precisamos ter uma atuação forte nessa área e começar pela Prefeitura. Se nós como servidores municipais não estivermos preocupados com as ações ambientais do cotidiano da Prefeitura Municipal, nós não teremos condições de querer gerir o meio ambiente do próprio município”, salientou.

O lançamento contou também com a presença do vice-prefeito e secretário de Planejamento Rene Cecconello, secretário de Finanças César Bilibio, secretário de Cultura Alex Necker, secretário de Cidadania e Assistência Social, Giovani Corralo, além de representantes da Agenda 21 local e demais entidades ambientalistas.

O que é a A3P?

A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P - é um programa que visa implementar a gestão socioambiental sustentável das atividades administrativas e operacionais do Governo. A A3P tem como princípios a inserção dos critérios ambientais; que vão desde uma mudança nos investimentos, compras e contratação de serviços pelo governo; até uma gestão adequada dos resíduos gerados e dos recursos naturais utilizados tendo como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no ambiente de trabalho.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

'Meio mundo pode ficar inóspito com mudança climática', diz estudo

O aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos, de acordo com um estudo das universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, que leva em conta os piores cenários de modelos climáticos.

O estudo, publicado na última edição da revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences", afirma ainda que, embora seja improvável que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.

"Descobrimos que um aquecimento médio de 7 ºC causaria algumas regiões a ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada, e um aquecimento médio de 12 ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável", afirmou Peter Huber, da Universidade de Purdue.

Os cientistas argumentam que ao calcular os riscos das emissões de gases atuais, é preciso que se leve em conta os piores cenários (como os previstos no estudo).

Roleta russa

Quando o professor Huber fala em um aquecimento médio de 12 ºC, isso significaria aumentos de até 35 ºC no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta.

Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nesta medida nunca ultrapassam 30 ºC. A partir de 35 ºC no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobreaquecimento).

Huber compara a escolha a um jogo de roleta russa, em que "às vezes o risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder".

O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas.

"Mas quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade, isso se torna falso", afirmou o professor Steven Sherwood, da universidade de New South Wales.

Calcula-se que um aumento de apenas 4 ºC medidos por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.

Os autores também afirmam que um aquecimento de 12 ºC é possível através da manutenção da queima de combustíveis fósseis.

"Uma implicação disso é que cálculos recentes do custo das mudanças climáticas sem mitigação (medidas para combatê-las) são baixos demais."

Fonte: Folha On Line – 12.05.10

sábado, 23 de abril de 2011

“O homem está em conflito com a natureza

e a cultura humana é a responsável. Logo,

o caminho é a humanização da cultura, assim

a natureza estará em harmonia com a

humanidade”