sábado, 28 de agosto de 2010

PARQUE ESTADUAL DE ITAPUÃ

Para quem gosta de tranquilidade e de um bom piquenique embaixo de uma sombra, uma boa pedida é o Parque Estadual de Itapuã, em Viamão. Localizado a 57 km da Capital, você encontra campos, dunas, praias e morros tudo às margens do lago Guaíba e da laguna dos Patos. Confira os horários e aproveite o calor!

Curiosidade
O Parque Estadual de Itapuã foi criado em 1973 e fechado 18 anos depois. A reabertura ocorreu em abril de 2002. A área de 5,5 mil hectares, onde está localizado o parque foi palco de combates durante a Revolução Farroupilha.

Horário de funcionamento
- De quartas a domingos, das 9h às 18h.
- Nas segundas e terças-feiras, mesmo em feriados, o local fica fechado.
- As Praias das Pombas, da Pedreira e Praia de Fora estão abertas para a visitação do público.

Ingresso
- Custa R$ 4,37 por pessoa e por praia.
- O ingresso deve ser adquirido somente no local, na Estrada Dona Maria Leopoldina, s/nº, Bairro Itapuã, em Viamão.
- Crianças de até dez anos não pagam.

ATENÇÃO!
O parque está atendendo 250 visitantes por praia. Por isso, chegue cedo para conseguir ingresso e não perder a viagem.

Nesta época, o local não oferece praça de alimentação. Então, leve tudo o que você for consumir (água, lanche).

Você pode fazer
- Churrasco (lembre-se de levar carvão, carne, bebida).
- Piquenique
- Tomar banho nas praias
- O parque disponibiliza banheiros, vestiários e chuveiros.

Você não pode levar
- Materiais de pesca ou caça
- Bola
- Fogareiros
- Animais de estimação
- O local possui bastante árvores, o que dispõe de bastante sombra

Como chegar
- De Porto Alegre são 57 km, sendo que 4 km, de estrada de terra.
- Quem estiver na Capital, pela Glória: Avenida Oscar Pereira e Costa Gama, chega na Entrada da Restinga, passa pelo Lami e, seguindo, chega a Itapuã.

- Ou pela Zona Sul: beira do Guaíba e Avenida Juca Batista, passando por Ipanema, Restinga, Lami e a Vila de Itapuã.
- De Viamão: pelo Cantagalo ou pelas estradas Acrísio Prates e Ricardo Vieira Barcellos.

VÁ DE ÔNIBUS:
- Linha Itapuã, no Centro de Porto Alegre, na Travessa Francisco de Leonardo Truda: R$ 4,05, a passagem.

- Horários: 6h15min, 7h15min, 11h15min, 19h, 23h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados: 7h, 8h45min, 15h45min, 21h. Nos domingos: 7h30min, 8h45min, 15h45min, 18h, 21h.

- Linha Praia das Pombas, no Centro de Viamão, em frente à antiga Rodoviária: R$ 4, 90, a passagem.

- Horários: 6h45min, 7h35min, 9h, 12h30min, 15h20min, 16h30min, 18h, 20h15min. No sábado: 7h30min, 12h20min. No domingo: 7h30min, 12h40min.

- Informações: (51) 3494-8083

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pilha solar e display iluminado disputam Oscar da tecnologia


Três inventores europeus que ajudaram a criar displays iluminados, processadores pequenos e rápidos para aparelhos celulares e baterias usadas a partir de painéis solares são os finalistas na premiação europeia internacional conhecido como Millenium Technology Prize.

Os finalistas foram anunciados nesta quarta-feira (13), e vão dividir prêmios que totalizam US$ 1,5 milhão.

O vencedor, que será anunciado em uma cerimônia em Helsinque no dia 9 de junho, ganhará US$ 1,1 milhão, enquanto os demais dividem o restante (US$ 204 mil para cada).

A Academia de Tecnologia da Finlândia, que fez o anúncio hoje, escolheu os pesquisadores entre 55 pessoas e 39 inovações tecnológicas.

O professor da Universidade de Cambridge, Richard Friend, foi selecionado pela invenção de optoeletrônicos que permitem "uma revolução no campo dos optoeletrônicos que tem como consequência a aplicação eficiente de energia na iluminação de aparelhos".

Já Stephen Furber, da Universidade de Manchester, é reconhecido como o principal designer do microprocessador ARM 32 bit RISC há 25 anos, e que é encontrado atualmente em 98% dos celulares no mundo.

Michael Graetzel, que trabalha na Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça, concorre pela invenção de baterias solares, "que levam ao desenvolvimento de janelas e painéis solares móveis.

O prêmio, que é bienal, foi lançado pela indústria e pelo governo finlandeses em 2004, envolve pesquisadores de áreas relativas à energia e ambiente, comunicações e informação, novos materiais e processos, assim como ciência e saúde.

Fonte: Folha On Line (14.04.10)

domingo, 18 de abril de 2010

Humanidade não pode salvar o planeta, afirma especialista


Mudar os hábitos para tentar salvar o planeta é "uma bobagem", na opinião de um dos mais conceituados especialistas em meio ambiente no mundo, o britânico James Lovelock, para quem a Terra, se for salva, será salva por ela mesma. "Tentar salvar o planeta é bobagem, porque não podemos fazer isso. Se for salva, a Terra vai se salvar sozinha, que é o que sempre fez. A coisa mais sensível a se fazer é aproveitar a vida enquanto podemos", afirmou Lovelock em entrevista à BBC.

O cientista de 90 anos é autor da Teoria de Gaia, que considera o planeta como um superorganismo, no qual todas as reações químicas, físicas e biológicas estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente. Considerado um dos "mentores" do movimento ambientalista em todo o mundo a partir dos anos 1970, Lovelock é também autor de ideias polêmicas como a defesa do uso da energia nuclear como forma de restringir as emissões de carbono na atmosfera e combater as mudanças climáticas.

Gatilho
Para Lovelock, a humanidade não "decidiu aquecer o mundo deliberadamente", mas "puxou o gatilho", inadvertidamente, ao desenvolver sua civilização da maneira como conhecemos hoje. "Com isso, colocamos as coisas em movimento", diz ele, acrescentando que as reações que ocorrem na Terra em consequência do aquecimento, entre elas a liberação de gases como dióxido de carbono e metano, são mais poderosas para produzir ainda mais aquecimento do que as próprias ações humanas.

Segundo ele, no entanto, o comportamento do clima é mais imprevisível do que pensamos e não segue necessariamente os modelos de previsão formulados pelos cientistas. "O mundo não muda seu clima convenientemente de acordo com os modelos de previsões. Ele muda em saltos, como vemos. Não houve aumento das temperaturas em nenhum momento neste século. E tivemos agora um dos invernos mais frios em muito tempo em todo o hemisfério norte", diz Lovelock.

Energias renováveis
Durante a entrevista à BBC, o cientista britânico afirmou ainda não ver sentido na busca de alguns hábitos de consumo diferentes ou no desenvolvimento de energias renováveis como forma de conter as mudanças climáticas.

"Comprar um carro que consome muita gasolina não é bom porque custa muito dinheiro para manter, mas essa motivação é provavelmente mais sensata do que a de tentar salvar o planeta, que é uma bobagem", diz. Para Lovelock, a busca por formas de energia renováveis é "uma mistura de ideologia e negócios", mas sem "uma boa engenharia prática por trás".

"A Europa tem essas enormes exigências sobre energias renováveis e subsídios para energia renovável. É um bom negócio, e não vai ser fácil parar com isso, mas não funciona de verdade", afirma.

Fonte: Terra – 31.03.10
Biólogos descobrem nova espécie de lagarto gigante nas Filipinas


Espécie é do mesmo grupo do dragão de komodo

Uma nova espécie de lagarto gigante, que pode chegar a até dois metros de comprimento, foi descoberta no norte das Filipinas, segundo artigo publicado na revista especializada Biology Letters.

O réptil, descrito como “espetacular” pelos biólogos, é da família dos varanos, ou lagartos-monitores, que inclui o dragão-de-komodo, o maior lagarto vivo.

A nova espécie, batizada de Varanus bitatawa, tem a pele amarela, verde e azul e sobrevive com uma dieta à base de frutas.

Apesar de conhecido pelas populações tribais da região das montanhas da Sierra Madre, no norte das Filipinas, ele havia passado despercebido pelos biólogos até agora.

“É um animal incrível”, disse Rafe Brown, um dos cientistas que descreveu a nova espécie.

No artigo, ele ainda destaca como é raro encontrar um animal terrestre tão grande que seja novo para a ciência.

Descoberta

Os cientistas consideram a descoberta tão importante quanto às de outras espécies de grandes animais nos últimos anos: o kipunji, que representa um novo gênero de primatas encontrados na África, e o bovino saola, encontrado nas florestas do Laos e do Vietnã.

Os habitantes das florestas da ilha Luzon, onde fica Sierra Madre, costumam caçar o Varanus bitatawa pela carne, uma fonte importante de proteína.

Os cientistas ignoravam sua existência até que a equipe liderada por Brown, com biólogos dos Estados Unidos, Filipinas e Holanda, pesquisou uma série de espécimes de lagartos preservadas em museus americanos e filipinos.

Dentre essas espécies, os cientistas identificaram o novo lagarto com base em seu tamanho, escamas, coloração e DNA.

O corpo do Varanus bitatawa mede cerca de um metro, com mais um metro de rabo. Ele tem a pele escura, coberta por pintas amarelas e manchas.

Suas pernas são praticamente amarelas e o rabo é listrado de amarelo e preto.

Em algumas fotografias, o animal também parece ter escamas azuis e verdes.

A nova espécie seria uma das únicas três espécies de lagartos que se alimentam apenas de frutas no mundo.

Criatura solitária

Ninguém sabe por que a nova espécie de lagarto permaneceu desconhecida dos cientistas até agora, especialmente porque há muitos biólogos trabalhando nas Filipinas.

Os pesquisadores dizem que pode ser porque ele é arredio e recluso, um animal que nunca deixa a floresta ou sai em campo aberto.

Outra razão seria o número baixo de expedições científicas que descreveram répteis que vivem nas florestas da Sierra Madre.

A nova espécie de varano vive a pelo menos 150 quilômetros de distância de seu parente mais próximo, o lagarto V. olivaceus, que também vive em árvores e se alimenta de frutas.


Fonte: BBC Brasil – 07.04.10

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Era Glacial III

Entrevista com o meteorologista e professor Luiz Carlos Molion

"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

Por Carlos Madeiro

Especial para o UOL Ciência e Saúde

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.



Segundo Luiz Carlos Molion, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU.

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.


UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

Obs.: Sugiro que leiam os artigos anteriores: Era Glacial I e Era Glacial II.